sexta-feira, 9 de junho de 2006

o sofá

leiria, 7 de junho 2006

Ninguém escreve sobre sofás é certo... talvez porque seja banal gostar-se deles.
Ainda assim escrevo. Não só porque gosto, mas também porque acredito que é possível saborear-se com grande prazer momentos e gestos aparentemente triviais como aconchegarmo-nos num sofá e adormecer nele tranquilamente.
No meu sofá reside apenas o conforto, a arte do ritmo sem ritmo que caracteriza cada final de dia.
Confesso igualmente gostar de de sofás em pequenas festas... o que por si só se revela uma estranha antinomia entre o objectivo da festa e o do sofá. Mas é delicioso. Na minha quietude observo serenamente a agitação que se desenvolve; os copos, as conversas cruzadas e os olhares que se trocam. Uns brincam entre si outros dançam. Todos tem um papel, o de ser o que escolhem no momento.
No sofá sou com cada uma dessas gentes... mas é no meu sofá que adormeço para o infinito...
beijo.

Sem comentários: