domingo, 11 de junho de 2006

para um amigo,

PARABÉNS...

(SURPRESA!! just click the link & you'll find out)

sexta-feira, 9 de junho de 2006

em escuta:

...estranhamente insano, quase irreal e sem sentido... eis-me hoje num qualquer fazes-me falta...


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[para os mais distraídos: massive attack, "live with me"
]

o sofá

leiria, 7 de junho 2006

Ninguém escreve sobre sofás é certo... talvez porque seja banal gostar-se deles.
Ainda assim escrevo. Não só porque gosto, mas também porque acredito que é possível saborear-se com grande prazer momentos e gestos aparentemente triviais como aconchegarmo-nos num sofá e adormecer nele tranquilamente.
No meu sofá reside apenas o conforto, a arte do ritmo sem ritmo que caracteriza cada final de dia.
Confesso igualmente gostar de de sofás em pequenas festas... o que por si só se revela uma estranha antinomia entre o objectivo da festa e o do sofá. Mas é delicioso. Na minha quietude observo serenamente a agitação que se desenvolve; os copos, as conversas cruzadas e os olhares que se trocam. Uns brincam entre si outros dançam. Todos tem um papel, o de ser o que escolhem no momento.
No sofá sou com cada uma dessas gentes... mas é no meu sofá que adormeço para o infinito...
beijo.

quinta-feira, 8 de junho de 2006

em escuta:

...porque é bom quando questiono... e pior quando o sinto...


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[para os mais distraídos: nick cave & the bad seeds, "(are you) the one "]

quarta-feira, 7 de junho de 2006

em escuta:

...a cura para a dor...

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[para os mais distraídos: morphine, "cure for pain"]

gosto

O tempo.
Sempre gostei particularmente do tempo. Talvez por isso mesmo não use nenhum relógio nem me discipline por eles…

Gosto do tempo psicológico, gosto de poder sentir o prazer de me regular por ele… aquele tempo que só existe em ti mesmo e que determina o grau de satisfação que os estímulos exercem a cada momento do teu ser…
Há minutos que parecem eternidades e horas somente segundos… tudo funciona ao nível da psiché humana de um modo quase perfeito.

Pelo tempo, descobres o que amas e o que odeias, quem amas e quem odeias… ou simplesmente o que e quem estás disposto a suportar.

Gosto do tempo em que me esqueço da minha existência, abandonar-me no infinito, sentir o prazer fugaz do momento e encontrar a plenitude do agora…

Não gosto do passado… não porque o queira esquecer, sou quem sou determinada nos registos que tenho dele e daqueles que escolhi recordar; simplesmente não gosto de acto de guardar e de viver do que guardo…

Preciso de fechar as gavetas à chave, e nelas trancar as memórias… arquivar pessoas e gentes, lugares e momentos… sob pena de me aprisionar também lá dentro!

Não gosto quando tenho de fingir… nunca fui boa actriz e sou péssima mentirosa, os meus olhos e feições denunciam-me de imediato… definitivamente, não gosto…

Gosto do aleatório, o mero acaso… gosto de chegar e partir quando assim o desejo… gosto dos rostos estranhos que me cercam no dia a dia… gosto de me apaixonar num segundo mas detesto desapaixonar-me em meses…

Gosto de saber-te longe... gosto de esquecer-te...

Gosto de elevadores, e não de sentir-me aprisionada neles… Gosto de ouvir um bom som, pegar no carro e vaguear por aí sem destino… gosto de escrever sem um propósito ou objectivo e voar nas asas da imaginação livremente… gosto de fotografias, dos olhares dispersos…
Gosto de camas desfeitas, noites quase perfeitas, não gosto de promessas... gosto do calor e do vento, de caminhar à chuva numa espécie de libertação total...
Gosto disso mesmo… da liberdade, de senti-la em cada poro do meu corpo… com se andasse descalça no e para o mundo…

Gosto de ouvir Morphine acompanhada por um bom vinho… gosto do hoje, gosto do agora… amanhã não sei… e sinceramente, também não é importante…

beijo

Enquanto ouvia, “The Night”, Morphine, álbum «The Night»

terça-feira, 6 de junho de 2006

em escuta:

...hoje...

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[para os mais distraídos: nick cave & the bad seeds, "love letter"]

estórias

vale furado, junho 2006
...talvez porque hoje faz sentido...
Tentou escrever sobre a ausência, mas não havia palavras que pudessem descrever a tempestade de sentimentos que parecia experimentar.

O céu estava particularmente cinzento e o calor que se fazia sentir era prenúncio de uma chuvada de verão…
“Talvez tenhas levado contigo também o sol…”, sussurrou de forma quase inaudível à medida que as lágrimas lhe obscureciam involuntariamente a visão.
Permaneceu quieta e silenciosa. Ouvia Chopin mergulhada não sei se em recordações se na sua própria tristeza. Examinei-lhe a face e senti-lhe o agravo da perda.
Ele tinha partido em busca dos seus sonhos e aspirações quase poéticas de um “admirável mundo novo” que somente ele parecia conhecer. O entusiasmo como falava daquele que hoje é o seu projecto de vida sempre a comoveu profundamente.
Por vezes penso que foi por isso mesmo que ela se apaixonou por ele incondicionalmente. Confidenciou-me um dia saber que a separação seria irreversível, mesmo que não fosse ocasionada pela distância já o era pela vontade.
Na verdade, eles eram muito diferentes um do outro; ele enamorado pela vida e ela presa a um ciclo de quem se habituou a viver…
Devo confessar que inicialmente tive dificuldade em compreender porque razão continuava ela a alimentar um sentimento que sabia ser unilateral e impossível de concretizar…
Quando questionada respondia-me sempre o mesmo: “A aceitação do outro e das suas opções na sua plenitude é produto de um amor maior, o amor que deveria movimentar todo o MUNDO independentemente do carácter que assumem os relacionamentos…”.
Nunca acreditei nela… até hoje, que ele efectivamente partiu.
Com um brilho especial no olhar disse-me: “Acho que o consigo imaginar a sair do avião… feliz!”
Nesse exacto momento contemplei-a na sua quietude. Lembro-me de os ver juntos a conversar amenamente há uns dias e, seguidamente, das suas palavras. Esboço um sorriso… ela falava a verdade!

sexta-feira, 2 de junho de 2006

identidade

Amigos estou de volta...

após umas horas de trabalho dei um novo "rosto" ao meu blog... mais pessoal do nunca utilizei no cabeçalho uma fotografia que tirei há uns dias... gosto dela e do que para mim representa - um novo caminho a percorrer.
O restante tempo dispendi-o a fazer "formatações chatas"... se pudesse ainda alterava algumas coisas... mas isso não é para já! De qualquer modo, espero que gostem...
beijo.