(Farol, S. Pedro de Moel)
«Sem memória esvai-se o presente que simultaneamente já é passado morto. Perde-se a vida interior. E a interior, bem entendido, porque sem referências do passado morrem os afectos e os laços sentimentais. E a noção do tempo que relaciona as imagens do passado e que lhes dá a luz e o tom que as datam e as tornam significantes, também isso. Verdade, também isso se perde porque a memória, aprendi por mim, é indispensável para que o tempo não só possa ser medido como sentido. »
(José Cardoso Pires, De Profundis, Valsa Lenta, p. 25)
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